GRAFISMO
O desenho livre desenvolve a coordenação motora, a musculatura fina dos dedos, a coordenação visual-motora, organização do trabalho sobre a superfície do papel, o que reflete na organização espacial, desenvolve o conhecimento das cores e suas combinações e tonalidades.
A arte não começa com o primeiro rabisco que a criança faz. Na realidade, tem início mais cedo, quando a criança reage às experiências sensoriais estabelecendo o contato com o mundo. Essa é de fato a base essencial para a produção de formas artísticas.
GARATUJAS
O educador Viktor Lowenfeld distingue três estágios da garatuja:
Garatuja: corresponde a simples excitação motora: são traços geralmente fortuitos, linhas que seguem ao acaso em todas as direções.
Garatuja desordenada: ocorre quando a criança descobre que existe ligação entre seus movimentos e os traços que faz no papel.
Garatuja controlada: a criança começa a fazer comentários verbais sobre o desenho e passa a dar nome à garatuja.
Nesse estágio, é comum a criança dizer o que vai desenhar. Muitas vezes, no início do desenho a criança explica que uma linha é uma árvore e, antes mesmo de terminar o desenho, diz que aquela mesma linha é um cachorro correndo.
O importante é que os rabiscos e traços têm um significado real para a criança que os desenha. Sua vontade de imitar o adulto agora é mais evidente, traduzindo-se no desejo de escrever, de comunicar-se com alguém.
Os desenhos pré-esquemáticos
Célula: As linhas se fecham, aparecendo nos desenhos as formas fechadas.
A criança procura representar a figura humana, tentando desenhar olhos, nariz e boca.
Figura Primitiva: As células são enriquecidas com “pernas” que saem da cabeça. Não há idéias coordenadas e o desenho não forma um conjunto organizado.
Coordenação da Educação Infantil
Cena: O desenho já apresenta conjunto. A criança tem maior coordenação dos movimentos, a percepção e a memória de detalhes já evoluiu. Aparecem cenas simples com idéias e representação de outras figuras (casa, sol, árvore,...).
Fase esquemática: Os desenhos da criança simbolizam e representam partes do seu meio e de si, agora já de modo descritivo; o conceito de forma é definido.
Nesta fase, a criança descobre que existe uma ordem nas relações espaciais e entre objetos e cores.