terça-feira, 17 de março de 2009

E AGORA? MEU FILHO VAI PARA A ESCOLA.
COMO DEVO AGIR?”

Nosso objetivo nesse momento é informá-los sobre alguns aspectos que facilitarão a atuação junto ao seu (sua) filho(a) e à escola, em relação à adaptação.
A adaptação é um período necessário para a criança conhecer o ambiente escolar e aceitá-lo de maneira prazerosa. Pode ser mais longa ou mais breve, mas todas as crianças passam por este processo.

O QUE AS CRIANÇAS PENSAM?

No primeiro momento, tudo para criança é desconhecido e vir para escola pode significar separar-se das pessoas com quem se sente segura, num ambiente que já lhe é familiar.
Nessa fase de adaptação é comum a criança apresentar mudança de comportamento, como por exemplo: agressividade, “regressão”, dependência, falta de apetite e outros.
Essas mudanças serão trabalhadas e desaparecerão a partir do momento em que a criança sentir-se mais segura.

DICAS

Durante esse período, aconselhamos que a rotina de casa não seja alterada, como por exemplo: mudar a criança de quarto, tirar a chupeta/ fraldas, alterar o horário de refeição etc.

POR QUE ALGUMAS CRIANÇAS MORDEM?

Nessa fase também a criança testa os limites do corpo, começando a reconhecer onde o dela acaba e começa o do outro. E os dentes, que estão nascendo, ganham destaque.
Sigmund Freud (1856-1939) fundador da psicanálise, definiu como fase oral o período em que a criança sente necessidade de levar à boca tudo o que estiver ao seu alcance, pois o prazer viral está ligado à nutrição. Assim, ela experimenta o mundo e não compreende que a mordida causa dor. A consciência do fato só surge a partir dos 3 anos, quando há compreensão de que essa é uma forma de agredir o colega.

HÁ OUTROS MOTIVOS?

Outra razão é necessidade de comunicação. Os pequenos não dominam a linguagem verbal e utilizam esse fato para expressar descontentamento, desconforto ou insegurança, disputar a atenção dos pais com os amigos. Amor e carinho também podem se manifestar com uma mordida. Como o bebê usa os dentes como recurso de expressão, ele não pode ser rotulado. Além da descoberta do corpo, essa fase é da construção de identidade. Quando é estigmatizado como o agressor da turma, ele pode apresentar dificuldade em se desvincular desse papel e de desempenhar outro. “Podem ocorrer dificuldades de relacionamento e o que seria uma fase transitória se cristaliza em comportamental permanente”.

OUTRAS DICAS

É importante conversar sobre a escola de maneira tranqüila, tentando não demonstrar ansiedade. Procurem ouvi-lo(a) mais do que lhe fazerem perguntas. Demonstrem interesse pelo o que a criança está falando (mesmo que seja uma fala breve), firmeza e segurança ao deixá-lo(a) na escola e garantam que virão buscá-lo(a) ao final do período.
Algumas recaídas são esperadas após algum tempo de aula. Seu(sua) filho(a) poderá entrar bem e não chorar, mas depois de alguns dias, poderá não querer entrar mais, pois a curiosidade inicial foi saciada e começa a sentir de maneira mais intensa a separação dos pais. É importante que continuem demonstrando firmeza e segurança.
Favorecer o desenvolvimento da autonomia e responsabilidade em relação aos seus pertences também é importante para o desenvolvimento da criança e para a sua auto- estima, deixando-o carregar e cuidar da sua mochila e lancheira, incentivando(a) a guardá-los no local combinado, quando chegar na classe ou em casa.

E PARA TERMINAR ….

Busquem orientações com os profissionais da escola, sempre que sentirem necessidade.
Estaremos à disposição para trocar idéia e esclarecimentos, visando o bem – estar de todos os NOSSOS ALUNOS.
Contem conosco!!!

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