segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A ANSIEDADE DOS RESPONSÁVEIS
Pais deve auxiliar filhos na adaptação escolar


Mesmo que algumas crianças ingressem na escola com facilidade, não é de estranhar que outras inicialmente se sintam inseguras em um ambiente novo e diferente. Estes sentimentos são normais e é por isto que as escolas geralmente proporcionam um período de adaptação, auxiliando a criança a se acostumar lentamente, sem se sentir abandonada pela família.

É preciso que os pais examinem os sentimentos que neles desperta o ingresso do filho na escola. Freqüentemente, as dificuldades da criança em se adaptar à escola estão associadas às angústias dos pais diante da separação e crescimento do filho.

Os pais também devem avaliar como eles se sentem em relação à escola, pois se não gostam ou não confiam nela, fica mais complicado a criança sentir-se tranqüila neste novo ambiente.

Desta forma, a família também tem o importante papel no período de facilitar este processo de adaptação. Combinar com a criança o horário que irá buscá-la, evitar ao máximo se atrasar ou não mentir para a criança dizendo que já retorna são exemplos de atitudes que poderão deixar a criança mais tranqüila.

Pais que ameaçam bater ou castigar o filho ou o assustam dizendo que o "velho do saco" irá pegá-lo se não ficar na escola, além de não ajudarem, tendem a atrapalhar o processo de adaptação. Também não é recomendável que os pais prometam recompensar a criança dando algo que ela deseja para ajudá-la a ficar na escola.

Isto porque a razão da criança estudar não está naquilo que obterá dos pais. A criança deverá entender com o passar do tempo e auxílio da família, que estudar é sua responsabilidade, é necessária para sua vida e crescimento, além de ser um valor importante para ela e sua família

Portanto, não é as ameaças, os medos e as recompensas que fazem a criança ficar na escola, mas o sentimento de que estudar e estar na escola são bom para ela. Frente a isto, a família ajuda a criança a se adaptar na escola quando transmite verdadeiramente que a escola é algo positivo.

Outra questão a ser considerada é que a adaptação escolar não ocorre apenas no início escolarização. É preciso que a família e a escola estejam atentas ao impacto de mudanças como troca de escola, repetência, ingresso ao ensino médio ou mesmo o ingresso da criança à quinta série do ensino fundamental, quando aumenta o número de professores, de cadernos, de livros e de cobranças.

Enfim, ao longo da vida escolar há diversas situações que mobilizam pais, crianças, escola e precisam de constante acompanhamento.

(Terra)
Antes de tudo os pais devem observar e conversar com a criança procurando entender o que ela está sentindo. E tentar descobrir onde está a causa do problema. Podem descobrir isso, refletindo sobre algumas questões:


O motivo desta recusa está com a própria criança?

Está no ambiente familiar ou na escola?

Como está seu estado de saúde de uma forma geral, seu desenvolvimento físico, afetivo e social?

Um pediatra pode orientar os pais neste sentido e se necessário indicar o melhor tratamento e inclusive sugerir um acompanhamento psicológico.
Além de fantasiar e sentir medo, as crianças também se preocupam e se angustiam com os problemas da família, mas por outro lado, são muito curiosas e adoram aprender. Se não aconteceu nada diferente na rotina familiar, como o nascimento de um irmãozinho, por exemplo, ou outro acontecimento importante, os pais devem refletir sobre seu próprio comportamento e atitudes que costumam Ter em relação à criança.

Será que está sendo um pai permissivo demais? Rígido demais?
Como está o relacionamento dela com os colegas e com a professora?
Ela está se adaptando bem aos métodos e regras da instituição?

Muitas vezes os pais fazem com que os filhos sejam muito dependentes e indisciplinados e isso os prejudicam quando entram na escola, porque na escola terão que demonstrar responsabilidade, obedecer a regras e respeitar limites.
Recusar voltar às aulas depois de um período de férias é diferente de recusar ir à escola pela primeira vez, porém algumas crianças de 8, 9, 10 anos ou mais, acabam repetindo o mesmo processo todas as vezes que saem de férias. Isto significa imaturidade e sinal que não resolveram um antigo problema e neste caso a criança precisa de ajuda.


A volta às aulas pode gerar em algumas crianças ansiedade, medo e insegurança e isto pode acontecer por vários motivos: doença de alguma pessoa próxima, divórcio, excesso de atividades como cursos de línguas, esportes, música, etc., notas baixas no bimestre anterior gerando medo de fracassos futuros e não corresponder às expectativas dos pais; medo de mudança, etc. - algumas podem fantasiar que a escola não será mais a mesma, que haverá trocas de professoras, que seus colegas não serão mais os mesmos, etc. Tudo isso são sintomas passageiros, se persistirem os pais devem procurar orientação com os profissionais da escola, com médico ou psicólogo.
Quando uma criança inicia sua vida escolar, encontra um mundo todo novo, com influências, idéias, amizades e oportunidades com as quais nunca havia se deparado antes. Nessa época ela precisa de muito apoio dos pais, na forma de interesse, ajuda e encorajamento.


Toda criança, seja qual for sua história e sua idade, terá que enfrentar o primeiro dia de aula e esta experiência acarreta ansiedade e insegurança. Afastar-se do aconchego do lar e enfrentar o desconhecido significa um grande salto na vida de qualquer criança. O ingresso na vida escolar representa um passo muito grande em direção à independência. Uma criança que esteja passando pela primeira vez por esta experiência poderá se sentir muito angustiada porque não consegue prever os benefícios que estão por vir. E é natural surgir estes sintomas, mas os pais não precisam ficar aflitos porque costumam ser passageiros. Esta é mais uma fase que exigirá um período de adaptação. A maioria consegue se adaptar e quando isto não acontece os pais devem investigar suas causas.
A escola deve orientar os pais no sentido de transmitir a eles quais as suas propostas e seus objetivos deixando claro aquilo que podem oferecer a seu filho.
Os profissionais que trabalham na escola sabem como é penoso para algumas crianças o processo de adaptação e quanto tempo isso costuma durar. Se uma criança continuar chorando por muito tempo e pedindo para ir embora, estes profissionais deverão tomar as medidas necessárias no sentido de ajudar a criança e orientar seus pais quanto ao seu comportamento , inclusive mostrar o momento certo de buscar ajuda de um profissional especializado, caso necessário.
Punir ou castigar a criança.
Muitos pais não ouvem o que a criança tem a dizer, desconhecem as suas razões. Imaginam que o filho está se comportando desta forma porque deseja chamar a atenção ou está fazendo isso para agredir os pais e assim tiram "coisas" que são importantes para a criança, como por exemplo:
- suspender mesada, proibir a criança de ver programas de TV que ela gosta brincar...
- Outros insistem em ficarem com a criança na escola durante todo o período de aula, em alguns casos as mães insistem em permanecer dentro da sala de aula ao lado do filho e infelizmente algumas escolas ainda permitem isso, mas por pouco tempo, pois descobrem logo as inconveniências para o restante dos alunos.
As crianças são facilmente levadas a imitar o comportamento do colega e neste caso, depois alguns dias não há mais espaços na sala para as mamães superprotedoras.
- Outro erro dos pais é transferir a criança para outra escola. Na tentativa de encontrar a escola ideal para seu filho e na ilusão de poder satisfazer e garantir o prazer de seu pequeno, alguns pais permissivos demais costumam fazer com a criança verdadeiras passeatas pela cidade. Na esperança de encontrar uma escola que ele goste e que nela deseje ficar e aprender apresenta a ele "todas" as escolas possíveis, mas se enganam, pois isto somente irá aumentar a sua dúvida e o problema. Ao se deparar com uma escola muito simpática, no primeiro momento a criança parece decidir e optar, mas a convivência na escola e o contato com suas verdadeiras dificuldades trazem de volta o antigo problema.
Uma criança de seis anos tem mais maturidade e maior preparo para a socialização escolar que outra de três, mas isto não significa que as todas as crianças que iniciarem sua vida escolar aos três anos enfrentará problemas.
Por uma questão de necessidade, atualmente os pais estão matriculando seu filho mais cedo na escola e observamos que muitos deles sentem culpa pelo fato de deixá-la tão cedo e Ter pouco tempo para se dedicar a ela. Neste caso, o sentimento de culpa é transmitido ao filho e isto fará com que sinta abandonado pelos pais. A criança poderá se fechar em si, tornar-se passiva, reprimir sua criatividade... Poderá recusar passar pelo processo de adaptação demonstrando medo de separar-se dos pais e ainda poderá recusar enfrentar futuros desafios.
A relação dos pais, especialmente da mãe com o filho nos primeiros anos de vida é muito importante para o seu desenvolvimento posterior , mas não é a quantidade de tempo que conta e sim a qualidade da relação estabelecida que fará diferença
Educar filho, realmente não é uma tarefa muito fácil. Infelizmente, muitos pais , na intenção de fazer o melhor e dar o melhor de si, cometem erros e acabam prejudicando o desenvolvimento da criança e o seu futuro de uma forma geral.
A expressão citada e que muitas vezes observamos na realidade, revela um pai e ou mãe "imaturos" e bastante permissivos que costumam mimar o seu filho. Satisfazer todas as suas vontades faz dele um pequeno tirano e quem sofre as conseqüências é a própria criança.
Criança mimada desenvolve uma personalidade intolerante e insaciável e certamente não admitirá um NÃO como respostas às suas vontades. E isto significa que terá dificuldades de lidar com as diversas frustrações da vida - quando os pais tentam poupar os filhos de qualquer sofrimento, estão na verdade privando as crianças da oportunidade de desenvolver seus próprios recursos para enfrentar adversidades

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