sábado, 17 de janeiro de 2009

Introdução de Alimentos Complementares

O aleitamento materno exclusivo é suficientemente adequado para suprir as necessidades da maioria das crianças até o sexto mês de vida. O Aleitamento Materno Exclusivo consiste em alimentar a criança apenas com o Leite Materno, sem o uso de água, chás, refrigerantes ou quaisquer outros líquidos ou alimentos. O uso impróprio de alimentos que não o leite materno, sem indicação do nutricionista ou médico, pode trazer problemas sérios para o crescimento e desenvolvimento da criança (Lamounier, 2000).
O aleitamento materno exclusivo supre as necessidades nutricionais da criança até os seis primeiros meses de vida. Após este período, recomenda-se a introdução de novos alimentos, uma vez que somente o leite materno já não é mais suficiente para atender as necessidades nutricionais do bebê (REGO, 2001).
Estes alimentos são chamados de Alimentos de Transição antigamente denominados de alimentos de desmame, são preparados para crianças pequenas até que elas passem a receber os alimentos consumidos pela família (BRASIL, 2002).
A alimentação complementar tem como objetivo complementar a dieta do lactente, quando o leite materno já não fornece todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento da criança, e a adaptação do lactente a alimentação do adulto.
A introdução de novos alimentos na dieta da criança deve ser gradativa. Deve ser introduzido um tipo de alimento de cada vez. Em um primeiro momento, misturas são desaconselhadas, pois podem confundir o paladar da criança. Para a identificação de possíveis alergias ou intolerâncias, essa prática também é desaconselhada.
Em nossa escola não introduzimos alimentação nova, devido a possíveis reações alérgicas. Seguimos com esta alimentação após a total adaptação destes alimentos.
A criança deve receber o mesmo alimento várias vezes, antes que seja ofertado outro diferente, mesmo que nas primeiras ofertas ela o recuse, não o aceite. É sabido que as crianças fazem "cara feia", ou cospem os alimentos num primeiro momento, o que não quer dizer que elas não tenham gostado, pois essa é a primeira experiência com novos sabores e texturas.
A preferência por determinados alimentos e o controle de sua ingestão se dá por meio de um processo de aprendizagem que começa muito cedo. Acredita-se que a base dos hábitos alimentares seja formada durante o primeiro ano de vida. Em geral, as crianças tendem a rejeitar alimentos que não lhe são familiares.
Esse tipo de comportamento já se manifesta tão cedo quanto em crianças de 4 a 6 meses. Porém, com exposições freqüentes, os alimentos novos passam a ser aceitos, podendo ser incorporados à dieta da criança. Em média, são necessárias de 8 a 10 exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança.
Larissa de R. Silva
Nutricionista

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