segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

RELACIONAMENTO

Conversar com o filho que se comportou mal pode não trazer o resultados esperado. Em geral crianças de 2 a 6 anos de idade tem compreensão limitada de causas e efeitos em relação aos sentimentos dos pais. Mesmo que as palavras usadas sejam as mesmas, o que entendem não é igual.


Imaturo, centrado em si, o filho pequeno requer amor, atenção e limites.


Cerca de 90% dos casos de comportamento rebelde estão relacionados ao desejo de receber mais atenção. Para entender o que acontece com seu filho, procure descobrir o que ele quer obter com a rebeldia. Perguntar a ele mesmo, porém, não levará a nada.


Bem comportado, o filho ao nosso lado não está recebendo qualquer atenção. Faz alguma coisa errada e imediatamente interrompemos os afazeres para repreende-lo.


Para a criança, receber atenção de pais contrariados pode ser melhor do que não receber atenção alguma. Quando só damos atenção aos erros, para receber atenção nosso filho cometerá erros.


O filho também testa seus próprio poderes. Ao exigir a compra de um brinquedo numa loja estará verificando quem manda mais, você ou ele e conferindo os limites de comportamento aceitos pelos pais.


Para os pequenos não é fácil aceitar a idéia de que aquilo que desejam só será conseguido mais tarde. E , não já, como querem. Limites claros ajudam o desenvolvimento da capacidade de autocontrole. Mas, certamente, o temperamento influirá na freqüência e intensidade dos episódios de birra.


Uma saída confortável para impasses é criar alternativas. Por exemplo, dizer "Podemos voltar amanhã para comprar o urso que você quer ou vamos tomar um sorvete agora mesmo. O que você prefere?" Isso dará a seu filho a sensação de estar decidindo. E qualquer das alternativas é aceitável.


Como ultimo recurso, resta distrair a criança, ocupando-a com outra coisa.


MENTIRAS


Na criança pequena a mentira quase sempre é óbvia. Com a boca suja de chocolate diz para a mãe que não foi ela quem comeu.


Os pais ficam preocupados com o comportamento, perguntando-se: Será que amanhã será um marginal?


Sabendo a verdade, o que efetivamente querem os pais é ouvir uma confissão. E criam batalha desnecessária.


Uma criança de 3 anos faz grande esforço para adaptar-se as regras e exigências impostas pelos pais e sociedade e pode descobrir que uma mentira é capaz de livra-la de enrascadas.


Não crie confrontação com o filho. Assuma o que já sabe e estabeleça uma reparação. "Você comeu o chocolate do seu irmão, então este que eu ia dar para você, darei a ele.


Aos poucos a criança deve superar a fase, mesmo porque percebe a inutilidade das mentiras. Elogiá-lo quando diz a verdade, ajudará. Mostre também que é importante não mentir e como você se aborrece quando ele mente.


Se com mais idade, digamos 5 ou 6 anos, mentir, você pode cobrar desculpas e tirar privilégios, sempre realçando as conseqüências da mentira.


EGOÍSMO


Nossa sociedade encoraja os pais a sentirem-se envergonhados quando os filhos não sabem dividir as coisas, mostrando-se egoístas.


A expectativa é, na realidade, descabida. Não podemos dizer que a criança pequena é egoísta. Sua atitude reflete a idade. É normal nos primeiros anos de vida que as crianças disputem os brinquedos.


O bom comportamento será adquirido com os exemplos. Vendo os pais oferecendo e dividindo o filho irá imita-los. Repita para a criança a palavra dividir e oferecer quando estiver fazendo isso. Ela gradualmente internalizará o comportamento, modelando-se.


Você pode dizer a seu filho que não gosta de egoísmo. Provavelmente, os coleguinhas estarão dizendo a ele a mesma coisa.


CIÚMES


A chegada de um novo filho, feliz notícia para os pais, pode não ser motivo de alegria para o irmão.


Se é inevitável que ocorram ressentimentos, pode-se controlar o medo que a nova situação causa na criança.


Antes mesmo do nascimento do novo bebê, informações já podem ser antecipadas. O que dizer dependerá da idade e grau de compreensão de seu filho. Procure fazer com que ele também compartilhe da alegria de ter um irmãozinho.


Nascido o bebe, tente envolver ao máximo o irmão ou irmãos na tarefa de cuidar dele. Se seu filho preferir ignorar o novo companheiro, não force a situação. Com o tempo ele se vai aproximar-se.


Quando o bebe estiver dormindo de atenção ao filho mais velho. Quando ambos os pais estiverem presentes, o ideal é que cada um envolva-se com um dos filhos. Peça aos parentes e amigos que façam o mesmo.


Não são raros os casos em que a criança mais velha volte a ter comportamentos que já havia abandonado, regressivos, como fazer xixi na cama, pedir para mamar no peito, ou dizer que quer mamadeira. Acessos de ira são comuns. Esforços para chamar a atenção e receber carinho.


Levadas com paciência e bom humor as crises tendem a desaparecer. Entretanto, por melhor que você prepare seu filho para a chegada do irmão, sempre surgirão nele emoções conflitantes . Procure repetidamente mostrar que você o ama que e que ele é tão importante quanto o novo bebê.

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