segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

FEBRE E DORES



FEBRE


Febre não é doença. É sintoma. Se a criança não está superaquecida por exercícios, banho quente, ou excesso de roupas, temperaturas acima de 38ºC indicam a existência de infecção.

A febre na verdade é quase sempre benéfica. Temperatura corporal elevada pode matar vírus. Aumenta o metabolismo, produzindo células de defesa. Alguns antibióticos agem melhor quando ela está presente.

Baixar a febre pode prolongar a enfermidade.

A febre decorrente das infecções comuns normalmente não causa convulsões ou danos ao cérebro. As convulsões febris são conseqüência da velocidade com que a temperatura sobe ou desce e não da temperatura em si. Somente 1/5 das crianças são suscetíveis a elas. As convulsões tendem a desaparecer depois dos 3 anos de idade.

Para baixar a febre recomenda-se:

- Administrar líquidos.
- Remover o excesso de roupas e cobertas.
- Administrar o antitérmico receitado pelo pediatra.
- Banhar em água morna.

DORES

A dor é um sinal dado pelo organismo de que foi machucado ou que algo está errado.Quando a criança diz que sente dor, devemos acreditar e levar a queixa a sério.

Crianças até 3 anos de idade quando sentem dor podem ficar quietinhas e inativas, ou, ao contrário, agitadas, quase hiperativas. Quando muito serão capazes de dizer ui ou dodói.

A partir dos 4 anos, muitas já mostram com as mãos aonde dói e dão a entender o quanto dói.

OUVIDO

A principal causa da dor de ouvido infantil é a otite média, inflamação do ouvido (na área atrás do tímpano) causada quase sempre por bactérias.

A criança pode estar febril e reclamará de incômodo ou dor e dificuldade para ouvir.As mais novinhas demonstrarão irritabilidade. Fica mais difícil para elas dormir, alimentar-se, ouvir.

Os sintomas estão associados muitas vezes a infecções respiratórias, tosse e nariz entupido.Com tratamento adequado, o pus e fluidos produzidos pela infecção desaparecem melhorando a audição prejudicada.

As crianças que tomam mamadeira não devem ir para a cama com ela. Dormir com leite na boca aumenta a ocorrência de otite média e a incidência de cáries.

A otite media não tratada pode levar a complicações. Se a criança reclama de dor no ouvido e apresenta febre ou teve infecção respiratória anterior, leve-a para ser avaliada pelo pediatra.

Outras condições também causam dor de ouvido:

- PROBLEMAS DENTÁRIOS,
- OBJETOS ESTRANHOS INTRODUZIDOS NO OUVIDO,
- FERIMENTO NO CANAL AUDITIVO (provocado por cotonete, por exemplo),
- CERA ENDURECIDA.

GARGANTA

A FARINGITE é a causa mais comum da dor de garganta, principalmente em crianças de mais de 5 anos. Os sintomas freqüentes incluem garganta inflamada vermelho-brilhante, febre alta e inchaço nos gânglios do pescoço. Ás vezes está presente dor de ouvido e pus nas amídalas. A criança pode ainda reclamar de dor de cabeça, dores no estômago, náusea e mal estar geral. A faringite por bactérias estreptococos é doença extremamente contagiosa, mas há vezes que a causa são os vírus, como o da gripe.

ESCARLATINA é uma forma colorida de faringite. Toxinas produzidas pela bactéria causam manchas avermelhadas, inicialmente no pescoço e no peito, espalhando-se depois por outras áreas. As medidas a serem tomadas são as mesmas.

O tratamento adequado da faringite é muito importante para que duas graves complicações sejam evitadas - a febre reumática e a glomerulonefrite (doença dos rins).

A MONONUCLEOSE INFECCIOSA pode causar dor de garganta intensa. É uma infecção viral que produz aumento dos gânglios, principalmente do pescoço, febre alta, perda de disposição e emagrecimento. Sintomas que podem desaparecer espontaneamente em alguns dias. É importante o acompanhamento médico para evitar complicações, entre elas a hepatite.


ESTÔMAGO

A queixa de dor de estômago recorrente é das mais freqüentemente observadas pelo pediatra. Começa quase sempre no início da infância e sua incidência mostra um pico por volta dos 5 anos.

Os episódios dolorosos podem ser severos e costumam durar alguns minutos, ou prolongar-se por uma hora ou mais. De resto a criança mostra-se sadia. Sem diarréia, vômito, febre ou outros sintomas. Embora verdadeiro, o sintoma não é o resultado de um problema médico sério em 95% dos casos.

Fatores psicológicos têm papel importante no quadro, particularmente a ansiedade e o stress.

É recomendável levar a criança para avaliação médica, uma vez que outras condições também causam dor na região da barriga, como infecções do trato urinário, úlcera, alergia alimentar.

Na APENDICITE, os sintomas, embora variem muito, começam com desconforto ao redor do umbigo. A dor caminha para a direita e para baixo, tornando-se intensa rapidamente. A criança mostra-se doentia, freqüentemente com vômitos e febre. A dor persiste e a criança pode curvar-se, tal sua intensidade. A apendicite é uma emergência médica.


CÓLICAS ABDOMINAIS

Dores na barriga acompanhadas de diarréia, vômito, são comuns em crianças. Normalmente a causa é a gastroenterite, inflamação do estômago e intestinos provocada por vírus ou bactérias.

Deve-se evitar a ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias. Alimentos de risco são os vegetais, carne crua, frutos do mar, leite e produtos lácteos não pasteurizados, frutas ingeridas sem descascar e alimentos de limpeza difícil, como alface ou morango.

Alimentos preparados com muita antecedência, expostos ao ambiente, podem ser contaminados. Em especial, cremes e maionese.

Ensine seu filho a não por mãos ou objetos na boca. Se e usa chupeta, lave-a com freqüência. Evite que a chupeta tenha contato com o chão.

Uma complicação grave da gastroenterite a ser evitada é a desidratação. A diarréia e o vômito produzem perda de líquido. A reposição deve ser feita de preferência com soluções reidratantes. Elas contém substâncias importantes que na diarréia são perdidas junto com a água.


CABEÇA

Quando criança reclama de dor de cabeça, a causa do problema quase sempre é fácil de identificar. Ficou acordada até tarde, brincou exposta ao sol por longo tempo, caiu e bateu a cabeça.

Caso seu filho apresente dor de cabeça sem razão aparente, uma ou mais vezes por mês, seguidamente, é aconselhável leva-lo ao pediatra.

Também é importante verificar a existência de outros sintomas acompanhando a dor de cabeça, como febre, alterações da visão, fraqueza, sensação de formigamento, manchas. Eles devem ser informados ao médico.

Infecções do ouvido, sinusite e até mesmo cáries podem provocar dores que a criança relata como dor de cabeça. As crianças também estão sujeitas à dor de cabeça por tensão nervosa e a enxaquecas. Na enxaqueca infantil os fatores desencadeantes são quase sempre alimentos, principalmente, chocolates, queijos, glutamato monossódico e cafeína.

MENINGITE é a inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula provocada por vírus ou bactéria. Pode causar dor de cabeça intensa.

A forma bacteriana, a mais grave, é a que incide com maior freqüência nas crianças com menos de 5 anos.

Os sintomas incluem sonolência, febre, vômitos e rigidez muscular, principalmente no pescoço, surgindo ás vezes manchas vermelhas na pele.
Havendo suspeita de meningite, é recomendável consultar imediatamente o pediatra. A forma bacteriana é grave. Pode provocar danos cerebrais e oferece risco de vida


MUSCULARES

Exageradamente solicitados ou estirados, o que é freqüente nas brincadeiras infantis, os músculos podem causar dor. Entorses (traumatismo dos ligamentos que unem os ossos às juntas) também são dolorosos.

Sintomas demasiadamente intensos ou que não cedam em poucos dias, recomendam levar a criança ao médico.

CÃIBRA é um doloroso espasmo muscular, normalmente de curta duração - alguns minutos. Pode ser causada por excesso de exercícios ou longa permanência em posição inadequada.

Atividades extenuantes, principalmente no calor, provocando suor intenso e reduzindo os níveis de sal dos músculos, causam cãibras dolorosas.

Deve-se suspender os exercícios, ingerir líquidos e por algumas horas não reiniciar atividades físicas.

DOR DO CRESCIMENTO é um quadro doloroso que afeta tipicamente, coxas, barriga da perna e canelas de ambas as pernas, ocorrendo mais no final do dia, particularmente quando a criança esteve muito ativa. Com descanso as dores melhoram e desaparecem na manhã seguinte, depois do sono.

A assim chamada dor do crescimento nada tem a ver com o crescimento dos ossos. É um sintoma mais relacionado à esfera emocional, benigno, que ocorre com maior freqüência em crianças a partir dos 4 anos de idade e desaparece na adolescência.

Dores nas juntas, ou em uma única perna, não são dores do crescimento.

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