quarta-feira, 9 de setembro de 2009

FÉRIAS

Com alguns cuidados simples, fuja das ciladas dos parquinhos e tenha diversão sem arranhão

Balança, mas não cai

GABRIELA ROMEU
FREE-LANCE PARA A FOLHINHA

Diversão não combina com arranhão, apesar da rima. Mas os parquinhos -lugares de brincadeira preferidos de meninos e meninas- escondem ciladas em que as crianças caem (ou torcem o pé, queimam o bumbum, batem a cabeça).
Com a chegada das férias, os playgrounds (parquinhos com balanços, escorregadores, gangorras) são um ponto de encontro da molecada que mora em prédios, freqüenta clubes ou brinca na praça do bairro. Quem não gosta de escalar o trepa-trepa ou rodopiar no gira-gira? Alguns cuidados, no entanto, devem ser tomados para que as férias não acabem mal.
Foi o que aconteceu com Júlia Andreucci Alves, 7. Há uns dois anos, ela estava com a família em uma pousada, onde brincava na piscina e no parquinho. Um dia, ao sair da piscina, foi direto para o escorregador. Com a superfície de alumínio debaixo do sol, o brinquedo "estava pelando", lembra.
Resultado: a menina queimou o bumbum, foi parar num pronto-socorro e terminou as férias com curativos ("durante 15 dias"). "Hoje, antes de escorregar, coloco a mão para ver se o escorregador está quente", diz.
Kevin Holtz, 9, não precisou ir longe para se machucar num parquinho. Quando ele tinha sete anos, enquanto brincava no playground do prédio onde mora, caiu do escorregador e quebrou o braço. "Eu me desequilibrei, não segurei direito", conta Kevin.
Já a diversão de Juliana Berchielli Boffa, 7, num brinquedo de uma lanchonete rendeu um pé engessado por duas semanas. Foi num daqueles brinquedos de plástico, que parecem uma casinha. Depois de subir e descer escadas e cruzar túneis e pontes, Juliana pulou numa piscina de bolinhas. Para sua surpresa, a piscina não tinha bolinhas suficientes para absorver o impacto da queda.
"Realmente o parquinho é um local onde acidentes são comuns. Por isso os adultos têm que ficar atentos ao local e à brincadeira das crianças", explica Ana Maria Escobar, 46, pediatra do Instituto da Criança. Segundo ela, os campeões de acidentes são a balança, o escorregador e o trepa-trepa.

Gabriela de Brelàz
Coordenadora de Planejamento
Criança Segura Safe Kids Brasil

Nenhum comentário: