Prevenção Primária em Saúde Mental do Bebê
Ao longo do primeiro ano de vida do bebê já se inicia a construção do conhecimento junto a outros aspectos, como o desenvolvimento maturacional, a afetividade, a independência e assim por diante.
Há muito tempo, nos países europeus, a estimulação psico-motora é aplicada em crianças até os dois primeiros anos de vida para prevenir futuros problemas físicos e de aprendizagem.
Infelizmente, aqui no Brasil, é cultura o comportamento dos pais em procurarem o auxílio especializado para o acompanhamento global de seu filho, somente quando determinadas dificuldades já se encontram instaladas, ou somatizadas (expressando-se melhor em linguagem médica).
Para que o sujeito se estruture de maneira saudável, física e psicologicamente, em sua primeira fase de vida, se faz necessário que seja supervisionado por um especialista em Saúde Mental, antes da fase escolar, mesmo que esteja passando pelo atendimento pediátrico periodicamente. Isso porque véris casos são encontrados nas escolas infantis, nas quais não há supervisão psicológica - mas que têm acompanhamento médico particular, e que poderiam ter sido antecipados na gravidade, caso houvesse essa supervisão. Prevenir, em atenção primária, é enfocar um problema antes que ele se instale, então, há muitos anos, temos orientado as mães para srem agentes provedores e promotores dessa estimulação em seu bebê, além de controlarmos o seu desenvolvimento mensalmente, quanto ao aspecto adptativo, cognitivo e afetivo. E, recentemente, caso haja interesse, fazemos o registro desse acomapnhamento mensal por vídeo-gravação e/ou fotografia. Os resultados têm sido positivos, pois a mãe fica mais segura pelo bom desenvolvimento de seu bebê segundo os aspectos mencionados, além de participar de terapias em família, ou orientações junto ao esposo, caso a urgência tenha sido constatada.
Quando nasce um bebê, nasce uma mãe e com o brincar essa mulher pode, certamente, desenvolver-se na maternagem, suposto que a sincronicidade entre ambos será estabelecida através de uma linguagem que não será expressa só por gestos e nem por sons, mas pela energia que une tudo no universo - o afeto.(GIMENES;FMABC, S. André, mar. 2003)
Artigo escrito por Beatriz Picolo Gimenes Ms
Matemática, Psicóloga, Psicopegagoga, Psicomotricista; Mestrado em Psicologia da Saúde (UMESP); Terapia FAmiliar em Hospital (UNIFESP), Professora universitária, Conselheira da ABBri.
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